Ontem... Ontem foi um dia complicado e estranho.
Apeteceu me rir, apeteceu me chorar, apeteceu me ficar quieta num canto a pensar, apeteceu me não pensar, apeteceu me dançar, apeteceu me cantar (meti me no carro e ao ouvir a canção "Intuition" da Shakira fartei me de berrar a plenos pulmões "I have a feeling inside....intution alaways be a woman´s guide..."), apeteceu me novamente chorar e depois á noite regressei ao meu humor habitual. Nem muito "deprê", nem muito exuberante. Resumindo: tive um dia de esquizofrenia, foi o que foi. Este meu ascendente Caranguejo tem lá que se lhe diga.
Chego á conclusão (tão brilhante quanto óbvia) que fugir não é de todo a melhor opcção. Não é não. Sobretudo quando fugimos de nós próprios e dos nossos sentimentos. É f****o! Porque não conseguimos separarmo nos de nós mesmo e deixar aquela parte que não queremos ter dentro de nós bem longe da nossa vista e pensamento. Há aqui um bocadinho no meu coração que tem que ser extirpado. Há aquele maldita ferida que por nuca ter ficado bem sarada, ás vezes reabre e teima em sangrar. É um pedaço pequeno, mas incomodativo. E agora pergunto me (é legítimo, dadas as circunstâncias): COMO É QUE É POSSÍVEL?!!!! Devo andar embruxada, só pode! Ou drogada. Ou alucinada. Ou com um parafuso a menos. Qualquer coisas dessas.
Pareçe que está a chegar o Outono. Hoje amanheceu a chover e soube me tão bem (tão bem! tão bem!) estar aconchegada nos meus lençois a ouvir a chuva a cair lá fora, sabendo que não havia nada urgente para fazer na rua e que podia ficar por ali, naquela inércia o tempo todo que me apetecesse. Adoro estes dias assim...aqueles...em que não se faz nada.
Dêem lá agora liçenca que vou ali á cozinha petiscar qualquer coisa. É que o meu estômago já pareçe um leão...