Isto hoje foi o descalabro.
Não me digam nada. Estamos na semana de Lua Nova (ou Lua Negra, como preferirem chamar) e só por aí já está tudo mais que explicado.
Eis aqui o motivo de ter vertido hoje duas ou três lagriminhas no final da tarde:
" Essa parábola tem uma segunda parte. Aqui está ela:
"Podes optar por ser qualquer Parte de Deus que desejes"- disse eu á Pequena Alma. "Tu és a Divindade Absoluta, a experienciar-Se. Que Aspecto da Divindade queres agora experienciar como TU?
"- Queres dizer que posso escolher?" perguntou a Pequena Alma. E Eu respondi, "Sim. Podes optar por experienciar qualquer aspecto da Divindade em ti, por ti e através de ti."
-"Está bem", disse a Pequena Alma, "então opto pelo Perdão. Quero experienciar-me como o Aspecto de Deus chamado Perdão Total".
Ora isto criou um certo desafio, como podem imaginar.
Não havia ninguém a quem perdoar. Tudo o que criei é perfeição e Amor.
-"Ninguém a quem perdoar?" perguntou, algo incrédula, a Pequena Alma.
-"Ninguém", repeti. "Olha á tua volta. Vês alguma alma menos perfeita, menos maravilhosa que tu?"
Com isto a Pequena Alma rodopiou e ficou surpreendida ao ve-se rodeada por todas as almas no céu. Tinham vindo de todas as partes do Reino, porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraórdinária com Deus.
"-Não vejo nenhuma menos perfeita que eu!" exclamou a Pequena Alma. "Então a quem tenho que perdoar?"
Nessa altura, outra alma destacou se da multidão. "Podes perdoar me a mim" disse esta Alma Amiga.
-"O quê?" perguntou a Pequena Alma.
-"Entrarei na tua próxima vida física e farei qualquer coisa para tu me perdoares", respondeu a Alma Amiga.
-"Mas o quê?Que podia um ser de tão Perfeita Luz como tu fazer para que eu te quisesse perdoar?", quis saber a Pequena Alma.
-"Oh", sorriu a Alma Amiga, "de certeza que havemos de pensar em alguma coisa".
-"Mas porque queres fazer isso?" A Pequena Alma não consegui imaginar a razão por que um ser tão perfeito quereria diminuir a sua vibração a ponto de conseguir fazer algo de "mau".
-"É simples", explicou a Alma Amiga., "faço-o porque te amo. Queres experienciar o teu EU como Perdoando, não queres? Além disso, fizeste o mesmo por mim".
-"Fiz?" perguntou a Pequena Alma.
-"Claro. Não te lembras? Já fomos o Todo, tu e eu. Fomos o Alto e o Baixo, o Esquerdo e o Direito. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Então. Fomos o Grande e o Pequeno, o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau. Todos nós fomos o Todo."
"E fizemo lo por acordo, para que cada um de nós se experienciasse como a Parte Mais Grandiosa de Deus. Porque compreendemos que..."
" Na ausência do que Não és, o QUE ÉS, NÃO é."
"Na ausência de "frio", não podes estar "quente". Na ausência de "triste" não podes estar "contente", sem uma coisa chamada "mal" a experiência a que chamas "bem" não pode existir."
"Se optas por ser uma coisa, alguma coisa ou alguém contrários a isso têm que aparecer no teu Universo para o tornar possível":
A Alma Amiga explicou então que essas pessoas são os Anjos Especiais de Deus e essas condições as Dádivas de Deus.
"-Só peço uma coisa em troca", declarou a Alma Amiga.
-"Qualquer coisa! Qualquer coisa!", exclamou a Pequena Alma. Ficou muito entusiasmada ao saber que podia experienciar todos os Aspectos Divino de Deus. Agora compreendia o Plano.
-"No momento em que eu te atacar e atingir", disse a Alma Amiga, "no momento em que te fizer o pior que possas imaginar- nesse preciso momento...recorda-te de Quem Realmente Sou".
Neale Donald Walsch in
Conversas com Deus, parte III
Pronto. Lá derramei as lágrimas que religiosamente andava a guardar dentro de mim (duas ou três, o suficiente para ficar com o nariz congestionado, porque não me permiti grandes efusividades) ao transpor este bonito ensinamento para a minha vida.
...mas é difícil recordar assim alguém que nos magoa.